sexta-feira, 13 de maio de 2011

Penso, logo Deus existe!

“Um grande problema é que as pessoas querem ver o som e ouvir a cor, mais o sentido não se adapta a isso”
Eu não ouço uma cor, eu não toco em um som e muito menos vejo um sabor, embora a minha mente crie o que seria o gosto de uma “laranja” quando vejo uma. Passo a vida ouvindo sons que não são notados pelos meus olhos e nem um cheiro surge deles. O meu olfato não os percebe, mas os meus ouvidos os provam.
 
Coisas que eu não vejo, que não ouço, que não posso tocar e nem sei qual o sabor fazem parte do meu dia, e são tão reais quanto as coisas visíveis. Eu não vejo o amor, eu não vejo amor algum! Eu vejo atos de amor a todo instante, mas o amor não me entra pelos olhos e o que vejo apenas reflete o sentimento que tenho em mim, e isso passa a ser a parte visível do que então seria o amor.
 
Eu digo que Deus existe... Você diz que só acredita vendo.
Você só esta vivo porque tem oxigênio em seus pulmões. “Ar”, simples e invisível ar. E se você me diz que só acredita vendo, eu lhe peço que não acredite que a sua “valiosa” vida depende de algo que você não vê e então deixe de respirar daqui para frente.
 
Eu não vejo Deus, eu sinto Deus. Eu digo que Deus existe... Você diz que não sente Deus.
Você só está vivo porque além do ar que você respira, você também se alimenta. Não é necessariamente preciso enxergar ou ouvir para se viver, correto? Não é necessário sentir o gosto para se fartar de um alimento, embora assim fique bem mais difícil comê-lo. Você me diz que não sente e não acredita em Deus e que nem por isso você vai morrer, e eu concordo (em parte). Muitas pessoas não sentem amor, muitas pessoas não sentem as próprias pernas, muitas pessoas são cegas e surdas e isso também não as mata.
 
A minha mente não depende dos meus olhos para funcionar, mas os meus olhos nada veriam sem a minha mente. Logo, o que eu vejo com a mente vale mais do que eu vejo com os meus olhos.  
Créditos: Diego Vítor